quarta-feira, 4 de junho de 2014

Os Lusíadas

Os Lusíadas

Episódios:
"Inês de Castro" - III, 118 a 135
"O Velho do Restelo" - IV, 90 a 104
Publicada em 1572, "Os Lusíadas" é a epopeia do povo português. A obra é composta de 10 cantos, repartidos em 1.102 estrofes em oitava-rima (oito versos por estrofe e rima em ABABABCC) e decassílabos heróicos.
A epopeia camoniana é dividida em três partes: Introdução (proposição, invocação e dedicatória); Narração e Epílogo, tendo como assunto a viagem de Vasco da Gama às Índias a.
A narração tem início quando as caravelas de Vasco da Gama já estão navegando pelo Oceano Índico, portanto, em plena viagem. Os navegantes são supervisionados pelos deuses do Olimpo, que decidem o destino dos navegantes após a realização de um concílio.
Os portugueses encontram em Vênus uma preciosa aliada e em Baco o mais ferrenho inimigo. Na costa oriental da África, os portugueses aportam em Moçambique e depois em Melinde, cujo rei pede a Vasco da Gama que conte a história do país, motivo dos cantos três e quatro. Dois episódios serão destacados dentro da história de Portugal.
O primeiro é protagonizado por Inês de Castro, jovem que acompanha D. Constança de Castela, princesa prometida a D. Pedro, filho de Afonso 4º de Portugal. Jovem de rara beleza, Inês atrai a atenção do príncipe herdeiro, que, após a morte da esposa, casa-se secretamente com ela. Afonso 4º, ouvindo conselhos daqueles que viam nela mais uma aventureira a serviço da Espanha, manda matá-la.
O inconformado D. Pedro, ao assumir o trono português, fez de sua amada a rainha de seu povo, desenterrando-a e coroando-a. Camões obtém um efeito extraordinário ao inserir na epopeia este episódio essencialmente lírico.
No canto seguinte (IV), Gama prossegue, narrando a história de Portugal desde a dinastia de Avis (D. João I) até a partida da armada para a Índia. Nas últimas estâncias do canto está inserido o episódio de "O Velho do Restelo".
Portugal vive uma fase de euforia quando do início das grandes navegações. Em meio à preparação da partida das naus rumo às grandes conquistas surge O Velho do Restelo, representando a oposição entre passado e presente, antigo e novo.
O Velho chama de vaidosos aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória, por audácia ou coragem, se lançam às aventuras ultramarinas. O Velho do Restelo simboliza a preocupação daqueles que anteveem um futuro sombrio para a Pátria.
Fonte: http://vestibular.uol.com.br/resumos-de-livros/os-lusiadas.htm


Contexto Histórico: No século XVI ocorrem grandes mudanças e conflitos na Europa pois nessa época o Capitalismo já havia se imposto como modo de produção, havia reformas contra a Igreja Católica – Reformas Protestantes – que geraram a Contra Reforma Católica com a volta da Inquisição e criação do Index (livros proibidos). Há ainda as ideias do renascimento cultural e científico – a Racionalidade, o Antropocentrismo, o Movimento Humanista e Influência da Cultura Clássica (Greco-romana) que movimentam os artistas e escritores à crítica e mudança de pensamento.
Porém em Portugal esse renascimento não foi tão forte, restando fortes resquícios do período Medieval, pois havia uma convivência dos movimentos Novos (Burguesia, Cultura Clássica, Racionalismo) com os ideais conservadores medievais (feudalismo, cultura religiosa, teocentrismo).
Resumo e Esquema do Contexto e Características:
* Exaltação do Homem – Humanismo ou Antropocentrismo – homem luta para deixar na terra sua marca e não para entrar no céu.
* Culto da Antiguidade Clássica (Greco-latina) – retomada dos modelos e regras da poética e retótica dos antigos. Presença da Mitologia, dos deuses pagãos usados como figuras literárias e claras alegorias.
* Universalismo – Apego aos valores transcendentais (o Bem, o Belo, a Verdade, a Perfeição). Ajustado a valores racionais e simplificação por Lucidez, Simetria e Técnica. Mimese Aristotélica (arte é igual a imitação da natureza).
* Equilíbrio e Clareza – As obras tem harmonia de forma e conteúdo.
* Medida-Nova – Trazida da Itália por Sá de Miranda, em 1527, consiste na utilização do Verso Decassílabo ao invés da Redondilha (podia ser 5 ou 7 sílabas poéticas) e forma Fixa (Soneto, Terceto, Elegia, Ode, Oitava-rima), além da retomada do teatro clássico (comédia e epopéia de inspiração de Homero e Virgílio).
As formas poéticas do Classicismo foram mais intensamente assimiladas em Portugal que a prosa romanesca que demorou para ter obras relevantes.
As Formas da Poéticas mais Difundidas: Decassílabos (dulce stil nuovo); Decassílabo Heróico (acentuado na 6ª e 1Oª sílabas)e decassílabo sáfico (acentuado na 4ª , 8ª e 10ª sílabas).
Dentre as principais obras e escritores destaca-se Camões como um Símbolo da literatura Classicista Portuguesa, veja abaixo os principais livros e poemas desse escritor fantástico:
* Os Lusíadas – trata-se de uma epopéia com influencias de Homero e Virgílio, além da mitologia e espírito nacionalista pois exalta o povo português e suas conquistas. O Poema possui 10 cantos, com 1.102 estrófes em oitava-rima, totalizando 8.816 decassílabos heróicos e sáficos.





link do video: https://www.youtube.com/watch?v=bNf5uSa6ZKI

Fonte: http://not1.xpg.uol.com.br/classicismo-renascimento-caracteristicas-literatura-obras-e-poesia/

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