Os Lusíadas
Episódios:
"Inês de Castro" - III, 118 a 135
"O Velho do Restelo" - IV, 90 a 104
Publicada em 1572,
"Os Lusíadas" é a epopeia do povo português. A obra é composta de 10
cantos, repartidos em 1.102 estrofes em oitava-rima (oito versos por estrofe e
rima em ABABABCC) e decassílabos heróicos.
A epopeia camoniana
é dividida em três partes: Introdução (proposição, invocação e dedicatória);
Narração e Epílogo, tendo como assunto a viagem de Vasco da Gama às Índias a.
A narração tem
início quando as caravelas de Vasco da Gama já estão navegando pelo Oceano
Índico, portanto, em plena viagem. Os navegantes são supervisionados pelos
deuses do Olimpo, que decidem o destino dos navegantes após a realização de um
concílio.
Os portugueses
encontram em Vênus uma preciosa aliada e em Baco o mais ferrenho inimigo. Na
costa oriental da África, os portugueses aportam em Moçambique e depois em
Melinde, cujo rei pede a Vasco da Gama que conte a história do país, motivo dos
cantos três e quatro. Dois episódios serão destacados dentro da história de
Portugal.
O primeiro é
protagonizado por Inês de Castro, jovem que acompanha D. Constança de Castela,
princesa prometida a D. Pedro, filho de Afonso 4º de Portugal. Jovem de rara
beleza, Inês atrai a atenção do príncipe herdeiro, que, após a morte da esposa,
casa-se secretamente com ela. Afonso 4º, ouvindo conselhos daqueles que viam nela
mais uma aventureira a serviço da Espanha, manda matá-la.
O inconformado D.
Pedro, ao assumir o trono português, fez de sua amada a rainha de seu povo,
desenterrando-a e coroando-a. Camões obtém um efeito extraordinário ao inserir
na epopeia este episódio essencialmente lírico.
No canto seguinte
(IV), Gama prossegue, narrando a história de Portugal desde a dinastia de Avis
(D. João I) até a partida da armada para a Índia. Nas últimas estâncias do
canto está inserido o episódio de "O Velho do Restelo".
Portugal vive uma
fase de euforia quando do início das grandes navegações. Em meio à preparação
da partida das naus rumo às grandes conquistas surge O Velho do Restelo,
representando a oposição entre passado e presente, antigo e novo.
O Velho chama de
vaidosos aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória, por audácia ou coragem, se
lançam às aventuras ultramarinas. O Velho do Restelo simboliza a preocupação
daqueles que anteveem um futuro sombrio para a Pátria.
Fonte: http://vestibular.uol.com.br/resumos-de-livros/os-lusiadas.htm
Contexto Histórico: No século XVI ocorrem grandes mudanças e conflitos na Europa
pois nessa época o Capitalismo já havia se imposto como modo de produção, havia reformas contra a Igreja Católica – Reformas
Protestantes – que geraram a Contra Reforma Católica com a volta da Inquisição
e criação do Index (livros proibidos). Há ainda as ideias do renascimento
cultural e científico – a Racionalidade, o Antropocentrismo, o Movimento
Humanista e Influência da Cultura Clássica (Greco-romana) que movimentam os
artistas e escritores à crítica e mudança de pensamento.
Porém
em Portugal esse renascimento não foi tão forte, restando fortes
resquícios do período Medieval, pois havia uma convivência dos movimentos Novos
(Burguesia, Cultura Clássica, Racionalismo) com os ideais conservadores
medievais (feudalismo, cultura religiosa, teocentrismo).
Resumo e Esquema do Contexto e Características:
*
Exaltação do Homem – Humanismo ou Antropocentrismo – homem luta para deixar na
terra sua marca e não para entrar no céu.
*
Culto da Antiguidade Clássica (Greco-latina) – retomada dos modelos e regras da
poética e retótica dos antigos. Presença da Mitologia, dos deuses pagãos usados
como figuras literárias e claras alegorias.
*
Universalismo – Apego aos valores transcendentais (o Bem, o Belo, a Verdade, a
Perfeição). Ajustado a valores racionais e simplificação por Lucidez, Simetria
e Técnica. Mimese Aristotélica (arte é igual a imitação da natureza).
*
Equilíbrio e Clareza – As obras tem harmonia de forma e conteúdo.
* Medida-Nova – Trazida da Itália por Sá de Miranda,
em 1527, consiste na utilização do Verso Decassílabo ao invés da Redondilha
(podia ser 5 ou 7 sílabas poéticas) e forma Fixa (Soneto, Terceto, Elegia, Ode,
Oitava-rima), além da retomada do teatro clássico (comédia e epopéia de
inspiração de Homero e Virgílio).
As
formas poéticas do Classicismo foram mais intensamente assimiladas em Portugal
que a prosa romanesca que demorou para ter obras relevantes.
As
Formas da Poéticas mais Difundidas: Decassílabos (dulce stil
nuovo); Decassílabo Heróico (acentuado na 6ª e 1Oª sílabas)e decassílabo
sáfico (acentuado na 4ª , 8ª e 10ª sílabas).
Dentre
as principais obras e escritores destaca-se Camões como um Símbolo da literatura
Classicista Portuguesa, veja abaixo os principais livros e poemas desse
escritor fantástico:
*
Os Lusíadas – trata-se de uma epopéia com influencias de Homero e Virgílio,
além da mitologia e espírito nacionalista pois exalta o povo português e suas
conquistas. O Poema possui 10 cantos, com 1.102 estrófes em oitava-rima,
totalizando 8.816 decassílabos heróicos e sáficos.
link do video: https://www.youtube.com/watch?v=bNf5uSa6ZKI
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