O Auto da barca do inferno
Depois da morte todos são
encaminhados a um rio onde duas embarcações esperam.Uma onde um anjo espera,
levaria os mortos ao paraíso, outra onde um Arrais infernal e um companheiro
levariam os que ali embarcassem para o inferno.
Primeiro vem um Fidalgo que chega à embarcação do inferno. Pergunta aonde ela leva e, ao ouvir que era para o inferno, justifica que é uma terra desagradável e que em vida tinha quem rezasse por ele; assim se encaminha para a barca do paraíso. Chega anunciando sua embarcação, mas o anjo lhe proíbe a entrada, afirmando que a tirania não entrava ali. O fidalgo então volta ao Arrais e embarca para o inferno.
Vem então um onzeneiro (um tipo de agiota) que, sabendo do destino, se encaminha para a barca seguinte. O anjo lhe pergunta para onde ele quer ir. Ao ouvir que quer ir ao paraíso, justifica-lhe o porquê de não poder fazê-lo e, assim, ele volta para a barca que leva ao inferno.
Primeiro vem um Fidalgo que chega à embarcação do inferno. Pergunta aonde ela leva e, ao ouvir que era para o inferno, justifica que é uma terra desagradável e que em vida tinha quem rezasse por ele; assim se encaminha para a barca do paraíso. Chega anunciando sua embarcação, mas o anjo lhe proíbe a entrada, afirmando que a tirania não entrava ali. O fidalgo então volta ao Arrais e embarca para o inferno.
Vem então um onzeneiro (um tipo de agiota) que, sabendo do destino, se encaminha para a barca seguinte. O anjo lhe pergunta para onde ele quer ir. Ao ouvir que quer ir ao paraíso, justifica-lhe o porquê de não poder fazê-lo e, assim, ele volta para a barca que leva ao inferno.
Chega o Parvo. Feitas as
apresentações descobre que a tal barca leva ao inferno e se encaminha para a
barca seguinte onde o anjo com ele conversa. Ele aceita levar o parvo, mas
pede-lhe que espere para ver se não há mais ninguém que possa ir com eles.
Chega um sapateiro que pergunta para onde a barca vai. Depois da resposta pergunta para onde os confessados se encaminham, mas o sapateiro era também excomungado. Ele vai até o anjo que não lhe permite a entrada devido aos roubos que fazia.
Chega um sapateiro que pergunta para onde a barca vai. Depois da resposta pergunta para onde os confessados se encaminham, mas o sapateiro era também excomungado. Ele vai até o anjo que não lhe permite a entrada devido aos roubos que fazia.
Vem em seguida um frade com uma moça que
chegou dançando. Conhecido o destino e sendo um padre mundano não teve chance
na barca do paraíso e junto com a moça embarcou para o inferno.
Veio Brizida Vaz, uma alcoviteira, que o Arrais quis embarcar, porém ela se dirigiu à barca celestial. O anjo perguntou quem era ela, e ela lhe afirmou que merecia o paraíso pois muitas vidas tinha salvado; no entanto o anjo sabia que ela não pertencia àquela barca, e assim ela voltou e embarcou na barca do inferno.
Veio Brizida Vaz, uma alcoviteira, que o Arrais quis embarcar, porém ela se dirigiu à barca celestial. O anjo perguntou quem era ela, e ela lhe afirmou que merecia o paraíso pois muitas vidas tinha salvado; no entanto o anjo sabia que ela não pertencia àquela barca, e assim ela voltou e embarcou na barca do inferno.
Chegou um judeu dizendo ir
na barca do paraíso e, enquanto ele conversa com o Arrais, o parvo apareceu dizendo
como o judeu era mal. Assim, ele também embarcou para o inferno.
Vieram também um corregedor e um procurador, conversaram com o Arrais e acabaram embarcando na barca dele. O corregedor ficou conversando com Brizida Vaz, pois a conhecia.
Vieram também um corregedor e um procurador, conversaram com o Arrais e acabaram embarcando na barca dele. O corregedor ficou conversando com Brizida Vaz, pois a conhecia.
Por fim, veio o enforcado
que dizia estar livre da barca do inferno pela morte que levara. Mas ele foi
desenganado e embarcou para o inferno junto com todos os outros.
Vieram então quatro cavaleiros cantando, cada um com a Cruz de Cristo. Cantavam dizendo que a barca segura era o seu destino. O Arrais questionou-os por passarem sem pergunta, mas eles sabiam que mereciam a barca do paraíso, morreram por Jesus Cristo e não mereciam o castigo. O anjo estava à espera deles e quando chegaram puderam embarcar para o paraíso.
Vieram então quatro cavaleiros cantando, cada um com a Cruz de Cristo. Cantavam dizendo que a barca segura era o seu destino. O Arrais questionou-os por passarem sem pergunta, mas eles sabiam que mereciam a barca do paraíso, morreram por Jesus Cristo e não mereciam o castigo. O anjo estava à espera deles e quando chegaram puderam embarcar para o paraíso.
Fonte: http://vestibular.brasilescola.com/resumos-de-livros/o-auto-da-barca-do-inferno.htm
Um pouco sobre o autor
Gil Vicente (c. 1465 — c.1536 ?) é considerado o primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de renome. Enquanto
homem de teatro, parece ter também
desempenhado as tarefas de músico, ator e encenador. É considerado o pai do
teatro português, ou mesmo do teatro ibérico, já que também escreveu em
castelhano - partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com Juan del Encina.
Há quem o identifique com o ourives, autor da Custódia de Belém, mestre da balança,
e com o mestre de Retórica do rei Dom Manuel.
A obra vicentina é tida como reflexo da
mudança dos tempos e da passagem da Idade Média para o Renascimento, fazendo-se o
balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem social eram regidas por
regras inflexíveis, para uma nova sociedade onde se começa a subverter a ordem
instituída, ao questioná-la. Foi, o principal representante da literatura
renascentista portuguesa, anterior a Camões, incorporando
elementos populares na sua escrita que influenciou, por sua vez, a cultura popular portuguesa.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gil_Vicente

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